Relembre naufrágio que matou 4 atletas do Vasco da Gama
Em 1902, um naufrágio matou quatro sócios cruzmaltinos e atletas do remo do Gigante que foram vitimados por um mar bastante revolto. Naquela época, a prática do remo não exigia conhecimentos de natação e, junto a vontade e um grande desejo de aproveitarem as belezas existentes no recôncavo guanabarino, o desastre aconteceu.
Lourenço Seguro Serpa, José Pinto, Theodorico Lopes Machado e Luiz Jacintho Ferreira de Carvalho faleceram no exato momento em que o mar bastante nervoso provocou uma onda forte, virando o barco e causando nas mortes dos remadores. Outros nove vascaínos conseguiram se salvar agarrando no barco.
Duas horas depois, um filho de pescadores avistou todos os sobreviventes da tragédia que vitimou quatro vascaínos e graças a José Martins de Barros, com pouca idade, avisou aos lusitanos José Joaquim de Aguiar Moreno e Antonio Silveira, que sem pensar duas vezes, foram de encontro aos náufragos cruzmaltinos para salvá-los daquela situação.
Grandes jornais retrataram sobre o caso
A imprensa localizada tanto no Rio de Janeiro, quanto em Niterói, puderam espalhar a dor do clube em perder grandes associados e atletas. Luiz Jacintho, por exemplo, era português e o dono do barco, chamado de ‘Vascaína’.
Luiz Jacintho Ferreira de Carvalho, patrão/timoneiro da “VASCAINA”, era português, tinha 34 anos de idade. Trabalhava como empregado do comércio na casa comercial Sotto Maior & C. Luiz Jacintho foi membro do Conselho Fiscal (ainda Conselho) na primeira Diretoria do C. R. Vasco da Gama, sendo um dos fundadores da agremiação vascaína. Retornou a Portugal e veio novamente para o Brasil em 1900, deixando uma noiva na sua terra natal. Na época da tragédia, ocupava o cargo de 1.º Secretário e era um dos representantes do Clube na Federação Brasileira das Sociedades do Remo.
Theodorico Lopes Machado possuía 20 anos. De nacionalidade portuguesa, era empregado na casa comercial de “molhados”, Corrêa & Carvalho, à rua do Rosário. Lopes Machado era empregado do comércio, atuando como 2.º caixeiro. José Pinto também atuava no comércio, como empregado, desempregado à época. Lourenço Seguro Serpa era espanhol, tinha apenas 18 anos de idade.
Vasco publica referências em memória de falecidos por naufrágio