Rildo: Que fim levou o atacante?
Agora aposentado, ex-atacante do Vasco, Rildo comentou sobre a sua carreira que terminou nos últimos dias. Ao tomar decisão de encerrar a carreira depois de 14 anos atuando nos gramados.
Eu entregava papel nas casas, esses panfletos de mercado, e ganhava R$ 10 por dia. Era das 5 da manhã às 5 da tarde entregando papel, depois pegava minha motinho e entregava pizza. Então eu posso dizer que eu sou muito grato de onde cheguei
Rildo comenta sobre sua adolescência
Veja a entrevista completa de Rildo:
Não posso reclamar de nada no futebol. Tudo o que aconteceu, tinha que acontecer. Sou uma pessoa realizada. Não sou aquele ex-jogador milionário, mas dei uma casinha para a minha mãe, consegui fazer ela parar de trabalhar, e hoje a gente tem uma vida estável. Não tenho do que reclamar
Minha filha tem quase oito anos e passei a vida inteira dela longe. Nos últimos clubes que eu joguei, São Caetano e Taubaté, eu ia e voltava para São Paulo para ficar com ela. Agora só estava aparecendo coisa longe e que não era tão bom de salário. Tive convites da várzea, mas tenho amigos que jogam lá e me falaram que a cobrança está muito grande, os caras invadem vestiário e não tem segurança. Como já joguei com Leandro Castán e com o Cristian, vou jogar no time associativo do Corinthians.
No começo foi bom no Vasco, mas depois também tive lesão, operei de novo o mesmo ombro, num outro lugar, mas o mesmo. Quando voltei, não fui bem, o Alberto Valentim não me deu muitas chances e aí eu pedi para ir para a Chapecoense. – Ali no Vasco seria onde eu teria meu maior salário da vida, somando carteira de imagem era uns R$ 185 mil. Mas lá era difícil receber, né? (risos). Tenho gratidão ao clube. Quando saí, fiz um acordo para parcelarem em dez ou 12 vezes, mas não pagaram nem a primeira. Aí tive que entrar na Justiça. Espero um dia receber pelo o que eu trabalhei.