Euriquinho, que nesta última eleição presidencial decidiu desistir de campanha, falou tudo sobre a série documental ‘A mão de Eurico’. A Globoplay trouxe, em episódios gravados, um pouco mais da história do ex-cartola do Vasco que veio a falecer em 2019, devido a um câncer no cérebro.
“Para o meu pai, não tem nada que foi melhor, quando em vida, ter visto a torcida do Flamengo ter xingado a ele. Machucar os flamenguistas era a melhor coisa para ele. Claro, desportivamente. E esse é o espírito do futebol brasileiro, a rivalidade, pode tirar sarro com seus rivais.”
Euriquinho sempre acompanhou seu pai nos assuntos do Vasco. Em seus depoimentos durante o documentário, foi claro ao dizer sobre a sua rivalidade com o Flamengo e, principalmente, a de seu pai.
Para Eurico, bastava vencer o Flamengo. Independente dos outros jogos do Vasco, a prioridade para o dirigente que marcou época à frente da equipe cruzmaltina, era superar o rival rubro-negro.
Eurico deixa saudades, e por outro lado, rancor
Muitos vascaínos acreditam que a paixão do mesmo pelo Vasco pode, num determinado momento, ter prejudicado o clube. Por muitas vezes, o ex-dirigente foi irresponsável, financeiramente falando, com seus compromissos perante ao torcedor vascaíno.
Era a maior geração do Flamengo, e o Vasco de Eurico Miranda conseguiu parar Zico e companhia. Meu pai disse consigo mesmo: ‘Preciso rivalizar com eles e ganhar deles’. Meu pai já tinha morrido e recebi vídeos de amigos flamenguistas zoando o Eurico. Isso para ele seria fantástico. Não tem preço. Você não vai acreditar uma torcida no mundo que possa ter tanta raiva de seu rival. Uma coisa é um jogo ou outro, e mesmo assim, independente do adversário, o Eurico sempre incomodou o Flamengo.