Em 1976, Johan Cruyff desembarcou no Brasil para fazer dois amistosos, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro. O holandês atuou ao lado de um combinado de jogadores estrangeiros contra um combinado de jogadores dos times cariocas e paulistas.
Para trazer o grande astro do futebol mundial para o Brasil, a Air France a Rede Globo e o Fluminense uniram forças. A Air France queria se associar ao nome de Cruyff, um dos maiores jogadores da época. A emissora de televisão queria exclusividade na transmissão das duas partidas e na cobertura da vinda do jogador para o Brasil. O Fluminense desejava a contratação do holandês, para formar uma dupla com Rivelino.
Johan Cruyff perdeu a final da Copa do Mundo de 1974 para a Alemanha Ocidental
“Sou um profissional do futebol e é dele que eu vivo. Se receber uma proposta que compense minha saída da Europa, onde além de jogar tenho inúmeros negócios e acertos publicitários, não terei a menor dúvida em vir para o Brasil,” disse o craque holandês aos repórteres quando desembarcou no Rio de Janeiro.
No primeiro amistoso realizado no Morumbi, no dia 2 de junho, Cruyff abriu o placar aos 10 minutos do primeiro tempo. Toninho empatou para o combinado de jogadores brasileiros, e o duelo terminou empatado.
Em seguida, no dia 6 de junho, Cruyff entrou nos gramados do Maracanã para mais um amistoso. O combinado brasileiro venceu por 2 a 1, gols de Rodrigues Neto e Ziza, e Doval, argentino, descontando para o combinado estrangeiro. Nesta oportunidade, o craque holandês foi fotografado ao lado de Pai Santana, massagista que marcou época no Vasco da Gama.
“Um investimento impossível por causa dos compromissos com o pagamento dos passes do Rivellino e do Paulo César (Caju). Por isso só agora comecei a pensar em trazê-lo de verdade. Sei que ele terá passe livre em abril de 77 e, se gostar do Rio, será muito mais fácil chegarmos a um acordo,” disse Francisco Horta, presidente do Fluminense na época.