Capitão do Vasco deixou o futebol de lado e criou um dos maiores grupos musicais do Brasil
Tetracampeão brasileiro (1974 como jogador, 1989, 1997 e 2000 como auxiliar) e campeão da Libertadores de 1998 pelo Vasco, Alcir Portella é certamente um dos grandes jogadores da história do clube. Com 508 partidas disputadas, o volante se tornou o terceiro jogador que mais vestiu a Cruz de Malta. No entanto, sua história não se resume somente a São Januário.
Isso porque, em 1975, o “Capita” fez parte do início do grupo de samba “Fundo de Quintal”. Como? Ele foi responsável por fazer a ligação entre o sambista Jorge Aragão, que também era seu vizinho, e Neoci, outro sambista. Essa conexão levou a música “Malandro” a ser gravada por Elza Soares, anteriormente cantada por Aragão a Portella.
E como a “ajudinha” do jogador do Vasco levou à criação do Fundo de Quintal?
Após a gravação, surgiu uma amizade que deu origem ao grupo. Na biografia “Fundo de Quintal, o som que mudou a história do samba”, Marcos Salles, jornalista e ex-produtor do grupo, contou que Jorge Aragão passou a encontrá-los no bloco Cacique de Ramos, onde amigos se reuniam para jogar futsal, baralho e tocar samba.
A partir daí, mais artistas e jogadores foram se reunindo, e Portella fez uma ligação. Para quem? Beth Carvalho, estrela do samba e amiga do ídolo cruzmaltino. A partir daí, Beth quis convidar os músicos do Cacique de Ramos para serem sua banda. Assim, dando início ao Fundo de Quintal, que contou com os seguintes nomes na primeira formação do grupo: Jorge Aragão, Bira Presidente, Ubirany, Sereno, Neoci Dias, Almir Guineto e Sombrinha. Depois, veio a criação do álbum próprio deles, o disco de vinil ” Samba é no Fundo de Quintal Vol.1.