Vasco teve massagista folclórico Pai Santana, relembre causos
Mesmo não atuando dentro de campo, Eduardo Santa, mais conhecido como Pai Santana, é um nome que fez parte da história vascaína. Considerado um ídolo pela torcida, o massagista e pai de santo é dono de história icônicas durante sua trajetória pelo clube cruzmaltino. Ele chegou no Vasco em 1953, deixando São Januário apenas em 2006.
Com passagens por Botafogo, Fluminense, Bahia e Seleção Brasileira, Pai Santana ficou marcado pela sua passagem pelo Vasco, especialmente por ter feito “trabalhos espirituais“ com os quais alegava ter beneficiado o time e prejudicado seus adversários em jogos importantes entre as décadas de 70 e 90.
Jogadores com passagem pelo clube, como o zagueiro Ricardo Rocha, relembram histórias que viveram com o massagista. “Eu sinto muita saudade. Porque quando eu machucava, ele ficava com a gente. Tinha uma paciência… Ele ficava uma semana, dez dias, um mês com você se precisasse e com um sorriso… A gente dormia, aí 2h da manhã, tu via aquela mão no tornozelo passando óleo e botando toalha (risos). Ele não dormia, era incrível, ele queria que você ficasse bom e jogasse”, contou o zagueiro.
Muito antes de se tornar o maior ídolo da história do Vasco, Roberto Dinamite também recebeu conselhos de Pai Santana, que aproveitando uma passagem do clube pela Bahia, levou o então jovem jogador ao terreiro de Mãe Menininha do Gantois, famosa mãe de santo da época, em Salvador.
“O primeiro grande contato com o Santana foi no início da minha carreira, ficou gravado. Foi meu primeiro jogo pelo time principal fora do Rio, foi na Bahia, entrei no segundo tempo. Na véspera ele falou: “Você está iniciando a carreira, quero te levar em um lugar. Você pode ir?”. Eu falei vamos lá. Ele me levou na Mãe Menininha do Gantois, primeira e única vez que tive o contato direto. Eu tinha uma foto em pé, sendo rezado, o que eu pedi foi proteção para que eu pudesse seguir minha carreira e acho que fui ouvido. Tenho certeza.”, relatou Dinamite.
Pouco tempo depois de deixar o Vasco, em 2006, Santana sofreu um acidente vascular encefálico. Passou a ter dificuldades de fala e locomoção. Faleceu em 2010, vítima de uma insuficiência respiratória decorrente de uma pneumonia. Em homenagem, o Vasco colocou o massagista na seção de “ídolos” de seu site oficial.