Mudanças no número de rebaixados tem defensor muito importante

No Conselho Técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), realizado na terça-feira da semana passada (14), algumas pautas foram levantadas durante a reunião. A principal delas – aumento do limite de estrangeiros relacionados por cada equipe, foi resolvida e a medida começa a valer desde a primeira rodada do Brasileirão deste ano. Porém, a novela sobre a quantidade de clubes rebaixados ganhou outro episódio.

Um dos principais nomes do futebol brasileiro e agora dentre os presidentes dos clubes brasileiros, Ronaldo Fenômeno defendeu a ideia que se adote, no Brasil, uma ‘política de despromovidos mais justa’. De acordo com Ronaldo, a pauta deveria voltar a ser discutida no país.

O Gabriel (Lima, CEO do Cruzeiro) esteve na reunião do Conselho Técnico da CBF, e a gente começou a fazer um movimento para que diminuísse o número de rebaixados. Em nenhuma liga do mundo se rebaixa 20% (dos times) para a segunda divisão.

Ronaldo, em entrevista ao seu canal no YouTube

Atualmente, os quatro últimos colocados das três primeiras divisões do campeonato nacional descendem às divisões inferiores. Para que tal regra seja imposta, dois outros pontos são vistos como obrigatórios, diante da CBF:

  • que os clubes das outras divisões concordem com a alteração, visto que com a redução de quatro para três clubes rebaixados espelharia também no número de promovidos às divisões superiores
  • que a decisão seja imposta para as séries A; B; C; D.

Ronaldo promete brigar por causa

Em outras ligas nacionais consideradas como as principais do mundo, já se adota um modelo com menos rebaixados. No Campeonato Alemão, por exemplo, dois clubes são despromovidos automaticamente, sendo que o terceiro pior colocado da divisão superior disputa com o terceiro melhor colocado da divisão inferior a vaga para a qualificação ou manutenção da melhor divisão.

Descer quatro e subir quatro são muitos times. Isso tem que voltar a ser uma pauta no futebol brasileiro. Vamos ter jogos importantes esse ano. Os principais clubes do Brasil estão na Primeira Divisão. Essa pauta não foi tocada, não foi adiante, mas vamos continuar falando daqui para frente

Ronaldo, dono do SAF do Cruzeiro

A intenção é que, num futuro próximo, a pauta volte a entrar em vigor nas discussões da CBF e que a discussão seja mais restringida entre os clubes. Ainda assim, a CBF e a maioria dos clubes das divisões inferiores não veem a possível mudança como sendo positiva para as equipes de baixo escalão.