Vasco da Gama teve um mascote muito melhor que o Urubu
Recentemente, o Vasco começou a atrair ainda mais torcedores para serem sócios-torcedores do clube. O estímulo? Aliar os animais de estimação dos torcedores ao Gigante e aderir ainda mais carteirinhas que beneficiam o Vasco.
Mas você sabia, que na década de 40, um animal que se remete a um pássaro já foi um mascote vascaíno? O corvo, imponente e assustador, foi usado pelo chargista Otelo Caçador, que na época fez uma parceria com Álvaro do Nascimento, colunista do Jornal dos Sports. Na véspera de uma partida entre Vasco e Botafogo, o corvo foi presença sobre a caravela cruzmaltina e por muito tempo representou o clube como seu mascote.
O Otelo substitui o argentino Lorenzo Molas como desenhista. E, em sua primeira charge, monta uma caravela que enfrenta o castelo botafoguense, no dia de Vasco x Botafogo. Sobre uma das velas há um pássaro preto. O Vasco ganha o jogo por 2 a 0 (gols de Dimas) e toda essa trama é desenvolvida pelo Álvaro em parceria com Otelo sobre esse novo mascote que acompanhava o antigo, o almirante, formando uma dupla
Walmer Peres, historiador do Vasco
Corvo já foi trazido de Portugal para o Brasil
O sucesso do novo mascote na época foi tanto, que Álvaro decidiu trazer um corvo diretamente de Portugal.
Embora fosse ave identificada com azar, este corvo era sambista, malandro, feiticeiro, nascido em Dakar, no Senegal. Ele zicava os rivais ao mesmo tempo que dava sorte ao Vasco
Walmer define como era o Corvo do Vasco
Na época, os rivais cariocas tinham mascotes bastante interessantes para os moldes atuais em que temos ciência. O Botafogo, por exemplo, era representado pelo Pato Donald, personagem de desenhos animados e histórias em quadrinhos da Walt Disney. Já Flamengo e Fluminense tinham Popeye – marinheiro dos desenhos animados – e Cartola.
A popularização do corvo foi tanta que o próprio Álvaro do Nascimento Rodrigues decide trazer um corvo de Portugal. O corvo do Vasco era senegalês, mas buscaram um em Portugal para fazer a festa da torcida vascaína. O corvo foi uma efeméride no Rio de Janeiro, capital do Brasil na época. O corvo foi na rádio Mayrink Veiga, “falou” no microfone. A torcida acompanhou a chegada da ave em carreata.
Explica Walmer