Preocupante: Vasco pode ver cobrança de 138 milhões bater em sua porta
O Vasco da Gama pode ter uma cobrança de R$ 138.733.685,61 batendo em sua porta por conta do finado Clubes dos 13. Trata-se de um processo, movido pela Franco & Associados Promoção de Eventos na Justiça paulista, iniciado em agosto de 2003. A empresa pertence às filhas de Jaime Franco, 85, conselheiro do São Paulo. Ele negociou contratos de direitos de transmissão para o C13 por meio da empresa.
O débito cobrado se refere a comissões que não teriam sido pagas pelas instituições. Os clubes incluídos na disputa judicial são Portuguesa-SP, Botafogo-RJ, Corinthians, Athletico-PR, Vasco, Atlético-MG, Coritiba, Cruzeiro, Bahia, Vitória, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Guarani, Santos, São Paulo, Sport, Palmeiras e Internacional.
Em resposta à possível dívida, o Vasco disse que “a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) não tem comentado ações que envolvam ou que surgiram na gestão do Clube de Regatas Vasco da Gama”. Hoje, não se discute mais a existência da dívida, pois o caso está em fase de cumprimento de sentença.
O Clube dos 13 foi criado em 1987, pelos principais clubes brasileiros. Naquele ano, o C13 realizou a Copa União. Porém, a principal função da entidade se tornou a negociação dos contratos com emissoras de TV. Em 2011, a associação foi implodida. Os clubes passaram a assinar contratos de venda de direitos de transmissão sem participação da associação, deixando o C13 sem função.
Vasco quer bater o martelo sobre dívidas do RCE
O Vasco da Gama está avaliando os melhores cenários para renegociar as dívidas do Regime Centralizado de Execuções (RCE). A diretoria do Gigante da Colina deve seguir os passos dados pelo Botafogo no processo – o rival alvinegro deve selar um novo acordo com os credores para pagamento das dívidas trabalhistas nos próximos dias.
No entanto, diferentemente do Botafogo, o departamento jurídico da SAF do Vasco não irá abandonar os pagamentos do RCE. No entanto, o clube cruzmaltino entende ser necessária uma solução para atacar as dívidas de maneira mais agressiva.
Desde que teve reconhecido pela Justiça o direito de centralizá-las, em setembro de 2021, o Almirante já pagou cerca de R$ 30 milhões entre dívidas cíveis e trabalhistas. O depósito nas contas judiciais segue sendo feito pela associação, mas é responsabilidade da SAF o repasse mensal de 20% da receita corrente do futebol para este fim.
No entanto, o Vasco também teme que os milhões destinados ao RCE até o momento tenham servido para abater apenas uma pequena porção do total da dívida, em função dos juros e dos constantes recálculos.