A inovadora presidenta de uma torcida organizada do Vasco
Em uma época que o futebol feminino era proibido, uma mulher, guerreira e vascaína, marcou a vida de muitos outros torcedores do Vasco. Ainda em 1956, uma torcida organizada do Vasco da Gama foi comandada por uma grande mulher de apenas 22 anos.
Dulce Rosalina, que na época tinha apenas 22 anos, era apaixonada pelo Vasco e viajava o Brasil atrás do seu clube de coração. Dulce era filha de imigrantes, o que intensificava ainda mais sua situação em um país bastante xenofóbico e intolerante.
Em um certo dia de 1965, Vasco e Botafogo se enfrentariam, no Maracanã. Dulce e outros muitos torcedores vascaínos prepararam uma grande festa, porém, intervida pelos policiais que barraram a entrada de Dulce, que levava, em um saco plástico, inúmeros papéis picados, que ajudariam no visual da arquibancada cruzmaltina. Resultado? Dulce foi presa e minutos depois liberada: o presidente do Vasco, Manuel Joaquim Lopes, teve que intervir, o time do Vasco ameaçou não entrar em campo e Dulce voltou Pas arquibancadas após ser solta pela Polícia.
Dulce é homenageada em 2004, ano de seu falecimento
Infelizmente, Dulce Rosália veio a falecer em janeiro de 2004. Uma rua nos arredores de São Januário leva seu nome para que todos os vascaínos lembrem da grande mulher e da representatividade que até hoje carrega.
Até os dias atuais, Dulce é homenageada com faixas e bandeiras que são estendidas onde o Vasco vai jogar. Em um vídeo, Dulce aparece cantando o ‘Casaca’, tema principal da torcida vascaína que já era cantado em sua época.