As tretas entre Eurico e Petraglia
Mário Petraglia, presidente do Athletico Paranaense, nunca teve uma boa relação com o lendário Eurico Miranda. Os dois trocam farpas desde a década de 90, com o primeiro embate acontecendo em 1997, por conta de um suposto esquema de venda de resultados e financiamento de campanhas políticas no futebol brasileiro.
Um dos jogos investigados foi a partida Atlético-PR 3 x 1 Vasco, válida pela Copa do Brasil. Uma ligação gravada mostra Ivens Mendes, presidente da CONAF e pivô do caso, pedindo ao presidente Petraglia uma quantia para supostamente favorecer o Furacão. Edmundo foi expulso naquele jogo, e o Gigante da Colina acabou eliminado.
No entanto, a pior briga entre os dois cartolas aconteceu em 2004. Eurico e Petraglia teriam chegado às vias de fato em uma reunião do Clube dos 13 naquele ano. A discussão teria se iniciado após um debate sobre os critérios de distribuição das cotas de televisão. Menos de um mês depois, na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, as duas equipes se enfrentaram em São Januário.
Na ocasião, o Furacão estava a uma vitória de conquistar o título nacional, e planejava fazer sua festa na Colina Histórica. No entanto, o cruzmaltino, que lutava contra o rebaixamento, fez questão de estragar a festa adversária. O clima de decisão fez ferver São Januário. O Gigante da Colina conseguiu uma vitória apertada com um gol de cabeça do zagueiro Henrique, que saiu apenas aos 21 minutos do segundo tempo.
Para piorar a situação, dias depois da partida, Eurico acionou o Athletico no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) acusando o clube paranaense de ter oferecido R$ 1 milhão para o Vasco vencer o Santos na última rodada, já que o Peixe era adversário direto pelo título e acabou se sagrando o campeão. Petraglia negou as acusações, e o caso acabou caindo no esquecimento.