Bombeira tomou pontapé em jogo do Vasco da Gama e continuou atendendo
Neste domingo (16), Vasco e Sport empataram em 1 a 1 em partida válida pela 35ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. A partida que era considerada uma “final” para as duas equipes, que disputam ponto a ponta pelo acesso para a Série A, acabou terminando de uma maneira lamentável. Aos 49 minutos da segunda etapa, Raniel marcou o gol de empate para o Vasco e comemorou provocando a torcida do Sport, que invadiu o campo na sequência e provocou uma confusão generalizada.
A bombeira Juliana Martins, que trabalhava no gramado durante a partida, foi agredida com um chute quando estava no chão por um invasor. Ela continuou a trabalhar após a agressão, atentendo torcedores que estavam passando mal nas arquibancadas.
“Para falar a verdade, não senti na hora. Acho que a adrenalina estava tão alta que eu não senti, entendeu? Eu só senti depois que os meninos mostraram a filmagem e senti a perna doendo, mas trabalho que segue, tinha muita gente passando mal na ambulância, como vocês viram, e a gente está aqui para dar o melhor, tentar amenizar quem está passando mal.”, afirmou Juliana.
Além de Juliana, o bombeiro Diego Correia também foi agredido pelos invasores. Ambos prestaram Boletim de Ocorrência após a partida. “”Foi um estouro, o portão abriu, entrou muita gente ao mesmo tempo, para pedir mais calma, e o nosso serviço é para prevenir, mas eles vieram para cima, não pude deixar que agredisse as meninas. Tinha acontecido uma vez, duas vezes, coisa parecida, mas hoje foi diretamente comigo”, relatou Diego.
Após invasão, Vasco ficou preso no vestiário
O diretor de futebol do Vasco da Gama, Paulo Bracks, relatou os momentos de tensão vividos na Ilha do Retiro após a invasão da torcida no gramado. Bracks afirmou que a delegação do Vasco ficou presa dentro do vestiário, e que funcionários do clube chegaram a ser agredidos durante a confusão.
“Boa noite a todos, gostaríamos de falar com a imprensa e a torcida vascaína que veio a Ilha do Retiro, mas estamos presos aqui no vestiário, uma situação constrangedora e perigosa. O vestiário tem duas portas, uma está quebrada com nossos baús segurando a porta”, relatou o diretor vascaíno.
“Houve uma tentativa de invasão do vestiário, a gente teve profissionais nossos e atletas agredidos após o término da partida, e o árbitro nos convocou para uma reunião, com representantes de cada lado, com a Polícia Militar presente. Por falta de segurança, o árbitro deu o jogo como encerrado, uma decisão sensata para evitar uma tragédia maior”, finalizou.