Campeonato Brasileiro adiado: Presidente da CBF confirmou
Nesta terça-feira, o “GE” divulgou uma entrevista exclusiva com Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. Na conversa, realizada na Tailândia, o dirigente foi perguntado sobre o pedido de onze clubes brasileiros pela paralisação da competição nacional de pontos corridos:
“Sobre o pedido de paralisação, é interessante que possamos ouvir todos os clubes para definir. Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos. Depois de colocar todos esses pontos para que eles definam, não tenho como ficar contrário [aos clubes] porque nossa gestão é democrática. Vamos mostrar o contraditório dessa paralisação, mas vamos respeitar a decisão dos clubes.”
“Temos um calendário difícil,” diz presidente da CBF em entrevista ao “GE”
Os clubes que pediram a paralisação do Campeonato Brasileiro foram os que fazem parte da “Liga Forte União”: Athletico Paranaense, Atlético Goianiense, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude e Vasco.
“Nesta segunda-feira, todos os clubes da Liga Forte União na Série A se posicionaram perante o ofício enviado pela Confederação Brasileira de Futebol. De forma unânime e em bloco, todos são a favor da paralisação imediata do Campeonato Brasileiro até a data de 31 de maio de 2024. A paralisação se faz necessária como medida humanitária, consensual e de justiça de competição,” escreveu a conta oficial no Twitter (ou X) do grupo (@LigaForteBR).
O “GE” também perguntou se a CBF tem uma posição previamente definida sobre o assunto, e Ednaldo respondeu:
“Quando a gente constrói uma competição, a gente reúne o Conselho Técnico e ali se decide início, término, quem ascende e quem rebaixa. A CBF tem a prerrogativa de fazer o adiamento [de jogos]. Porém, uma paralisação atinge por completo toda a cadeia produtiva do futebol. E aí é interessante que a CBF não tenha uma decisão monocrática, mas sim democrática. Nós sempre temos feito assim.”