Contas do Vasco da Gama foram reprovadas em 2019 e 2020
Nesta semana, o Conselho Deliberativo do Vasco da Gama reprovou as contas do clube de 2019 e 2020, referentes à gestão do ex-presidente Alexandre Campello. O principal motivo da reprovação teria sido seriam as suspeitos de fraudes e desvios de conduta que ocorreram dentro do clube. A recomendação do Conselho foi acatada pela grande maioria dos 150 conselheiros presentes.
Além disso, durante a reunião, a recomendação de contratação de uma empresa especializada foi aprovada com unanimidade pelo Conselho Deliberativo. O presidente Jorge Salgado informou que o Vasco planeja contratar esta empresa para analisar o escopo levantado pelo Conselho Fiscal dos anos de 2019, 2020 e 2021.
Por outro lado, as conta dos anos de 2018 e 2021 foram aprovados durante a reunião. Também esteve em pauta a declaração do ex-diretor de futebol do clube, Alexandre Passáro, que afirmou em entrevista que uma agência de viagens, ligada a um conselheiro do Vasco, cobrava uma taxa mensal de 16% para arcar com os custos das viagens da equipe.
O presidente Jorge Salgado afirmou que, após uma investigação realizada em cima do caso, foi constatado que a empresa em questão não havia nenhuma ligação com algum conselheiro vascaíno. Com isso, o assunto foi dado como encerrado.
Alexandre Pássaro deu declarações polêmicas sobre a diretoria do Vasco
O ano de 2021 foi extremamente conturbado para o Vasco da Gama. O clube cruzmaltino viveu graves problemas financeiros, que como consequência, fez com que a SAF do clube fosse vendida para a 777 Partners. Executivo de futebol do Gigante da Colina na época, Alexandre Pássaro revelou uma história que explica bastante o motivo do time carioca ter sofrido tanto nas finanças nos últimos anos.
“Quando eu saio do Vasco, tinha quatro meses de salário atrasado e R$ 75 mil que eu emprestei pro Vasco. O Vasco não pagava o Inter, tinha uma dívida pelo Sarrafiore. O Sarrafiore não recebia, estava fazendo cirurgia de ligamento cruzado. Me senti numa culpa e olhei o contrato, vi o CNPJ do Inter e pensei se era o pix do Inter. Digitei e foi, R$ 75 mil. Mandei porque não tinha condições de pagar. Aí me ligaram do Inter, perguntaram ‘Você tá maluco?’. Um dia eu recebo disso. Confio no presidente. Mas era assim”, contou Pássaro em entrevista para a Jovem Pan.
O ex-executivo do clube também relatou problemas de infraestrutura e logística no clube: “Teve um jogo que não tinha a fita que os jogadores usam, a nova atadura. Não tinha. Teve um jogo já pro final que não tinha e chegou um motoqueiro uma hora antes do jogo. Muita coisa a gente conseguiu melhorar, assim como os que passaram antes. Cada um dava um passo. Mas era uma coisa muito complicada”, afirmou.
Pássaro foi o executivo do Vasco em 2021, no início da gestão do presidente Jorge Salgado, tratado como um “nome de peso” na cúpula vascaína. Ele deixou o clube junto ao treinador Fernando Diniz após o Gigante da Colina não conseguir o acesso para a Série A.