Entenda toda a situação envolvendo o Vasco e a 777
Em meio à disputa da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro, Pedrinho, presidente do Vasco, tem um assunto importantíssimo para resolver em 2025: a revenda da SAF. Enquanto um novo investidor não chega junto da próxima temporada, o mandatário tenta caminhar com essa situação. Para entender melhor o cenário em que o clube se encontra, vamos relembrar o que aconteceu nos últimos meses.
Em abril desse ano, diante do atraso do aporte de outubro de 2023 e aparentes dificuldades financeiras da 777 ao redor do mundo, Pedrinho pediu garantias do aporte de setembro de 2024, maior previsto em contrato (R$ 270 milhões). Com 31% das ações integralizadas (R$ 310 milhões), a empresa afirmou que não precisava dar garantias, acreditando que o acordo assinado previamente vale como compromisso.
Liminar e ruína da 777 Partners
Em maio, como forma de antecipar qualquer dano à VascoSAF, o departamento jurídico do clube associativo entrou com uma liminar que tirava o controle do futebol cruzmaltino das mãos da 777. Desde então, as notícias da empresa norte-americana se tornaram cada vez mais preocupantes: Josh Wander e Steve Pasko foram afastados, contratação de serviços de gestão de crise e perda de controle dos seus ativos.
E é nesse último item onde chega a A-CAP, seguradora que agora controla os bens da 777 Partners. Por ser a maior credora da 777, a A-CAP assumiu o comando e colocou todos os clubes (além de iates e aviões) à venda. Em meio a isso, Pedrinho havia suspendido a liminar, concedida em maio, em acordo com a seguradora. A intenção era diminuir possíveis obstáculos na procura de um novo investidor, que só será escolhido com aprovação do clube.
Isso porque, além da liminar, outros problemas podem impedir essa revenda. Por conta de todo esse problema envolvendo a 777, o valor de revenda da SAF pode ser menor que o pedido anteriormente (R$ 1 bilhão). Além disso, o fundo inglês Leadenhall entrou com uma ação na Justiça dos EUA contra a dissipação de ativos da 777, ou seja, podendo proibir, consequentemente, a venda dos clubes. Agora, o que resta é esperar os próximos acontecimentos desse negócio.