Ex-Vasco foi expulso após dois amarelos em 1 minuto
Você lembra do volante e lateral-esquerdo Guilherme Santos no Vasco da Gama? Aos 35 anos, o atleta defende as cores do Tombense, que está disputando o Campeonato Mineiro e a Série B em 2023. Nesta semana, Guilherme proporcionou uma cena extremamente inusitada na partida contra o Democrata SL, válida pelo torneio estadual de Minas Gerais.
Aos 32 minutos, com o placar de 1 a 0 para o Tombense, Guilherme levou um cartão amarelo depois de acertar o rosto de Gustavinho com o braço. Na sequência, ele foi até o atleta adversário, que estava caído no chão, para reclamar. Outro jogador do Democrata tentou separar Guilherme, que acabou o empurrando. Guilherme levou o segundo amarelo e foi expulso.
O jogo acabou empatado em 2 a 2. Depois de receber o cartão vermelho, Guilherme ainda tentou partir para cima do árbitro da partida, precisando ser contido pelo companheiros de equipe. A Tombense se encontra na 3ª colocação do Grupo C do Campeonato Mineiro, atrás de Cruzeiro e Democrata.
Guilherme Santos atuou no Gigante da Colina entre 2006 e 2008, e também acumula passagens por passagens por Bahia, Fluminense, Valladolid-ESP, Almeria-ESP, Atlético-MG, Fortaleza, Ponte Preta e Botafogo.
Algum jogo do Vasco ano passado foi manipulado? Isso pode trazer problemas?
Nesta terça-feira (14), o promotor de Justiça do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Fernando Martins Cesconetto, detalhou um esquema de manipulação de resultados em jogos da Série B do Campeonato Brasileiro em 2022. A operação denominada “Penalidade Máxima” se iniciou após denúncia do Vila Nova, que teve o meia Romário envolvido no caso.
Nenhum jogo do Vasco da Gama este envolvido no esquema, e o Gigante da Colina não será afetado de forma alguma. Isso porque os três jogos suspeitos de manipulação são Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina.
Segundo o promotor, o esquema de apostas consistia na marcação de pênaltis ainda no primeiro tempo. Além de Romário, os jogadores Matheusinho, do Sampaio Corrêa, Joseph, do Tombense e Gabriel Domingos, do Vila Nova, estão na mira da operação.
“A manipulação consistia em cometer pênaltis sempre no primeiro tempo dos jogos de forma a garantir um elevado ganho financeiro para os apostadores e também para atletas direta ou indiretamente envolvidos. Acontece que para a aposta dar certo, era necessário que os pênaltis ocorressem nos três jogos”, afirmou o promotor.
“Em dois jogos, os pênaltis aconteceram. No caso do jogo do Vila Nova, que é a vítima e denunciante do caso, o pênalti não aconteceu. Isso gerou prejuízo para os apostadores. Estima-se que o prejuízo aos apostadores foi de R$ 2 milhões”, completou.
“O ganho para cada jogador envolvido seria de R$ 150 mil. Seriam pagos R$ 10 mil adiantados e R$ 140 mil após o êxito. Como no jogo do Vila Nova não houve o pênalti, mas houve o pagamento do sinal (R$ 10 mil) para o jogador envolvido, o apostador passou a cobrar excessivamente o atleta pelo prejuízo causado, já que nos outros jogos houve o pênalti, e os atores envolvidos esperavam receber cada um R$ 150 mil”, finalizou.