Apesar de ter escrito uma bela história no futebol brasileiro, o atacante argentino Germán Herrera ficou conhecido pelo apelido de “Quase gol” nos times em que passou. A origem do nome é auto-explicativa, e surgiu quando o atleta atuava pelo Corinthians, em 2008. No entanto, sete anos depois do surgimento da alcunha, Herrera protagonizou o que foi seu maior “quase gol” da carreira com a camisa do Vasco da Gama.
Foi em uma partida contra o Palmeiras, no São Januário, válida pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2015. O cruzmaltino perdia por 3 a 0 já no primeiro tempo. Herrera teve a oportunidade de descontar aos 40 minutos, podendo levar um pouco de esperança ao vestiário de sua equipe.
O Vasco tinha a posse da bola no meio campo, e um defensor palmeirense cometeu o equívoco de desarmar o atleta vascaíno mandando a bola para trás, em direção ao atacante argentino, que se encontrava em posição de impedimento, mas pelo toque ter sido de um jogador adversário, ele estava em condições legais.
Herrera partiu sozinho e driblou o goleiro Fernando Prass. Saiu com a bola pelo lado direito, e ficou cara a cara com o gol, que tinha apenas a presença de um zagueiro adversário. Eram 7,4 metros entre o atacante e o gol. O argentino ajeitou, demorou mais do que deveria e mandou a bola no travessão, caindo de joelhos no gramado, incrédulo com o que tinha feito.
A cena obviamente virou piada nacional. Não havia melhor jogador para perder aquele “quase gol” do que Herrera. Até mesmo os vascaínos, que estavam vendo o clube enfrentar uma péssima fase (o Vasco era o 18º colocado do Campeonato na partida), levaram na brincadeira.
O jogo acabou terminando 4 a 1 para o Palmeiras, e mais tarde, o cruzmaltino seria rebaixado pela segunda vez em sua história no Campeonato Brasileiro. A passagem de Herrera pelo clube ficou marcada mais pelo gol perdido do que por sua qualidade em campo, já que anotou apenas um gol em 16 partidas.