Juninho? Debate na web questiona o melhor batedor de falta da história
O debate sobre quem é o maior batedor de falta de história do futebol sempre gera grandes polêmicas. Marcelinho Carioca e Juninho Pernambucano sempre são os dois principais nomes que “encabeçam” essa discussão, e recentemente, o influenciador Carter, levantou o assunto novamente nas redes sociais.
“Só existe uma resposta possível. Sem clubismo, sem mimimi, ok? Quem foi o maior cobrador de falta de todos os tempos, Marcelinho ou Juninho?”, escreveu Carter em publicação no Twitter. Nomes como o ex-jogador Neto (que diga-se de passagem, também é especialista no assunto) e o jornalista André Hernan comentaram a publicação.
Neto afirmou que o melhor cobrador de falta era ele mesmo, enquanto Hernan disse que o dono do posto é Rogério Ceni. Outros internautas que participaram da discussão também citaram outros nomes como Marcos Assunção e Zico.
De acordo com a maioria das contagens oficiais realizadas, Marcelinho Carioca anotou 59 gols de falta em sua carreira, enquanto Juninho anotou 77. Além de ter deixado sua marca registrada no Gigante da Colina, Juninho também fez muito sucesso atuando pelo Lyon, da França.
Os momentos inesquecíveis de Juninho Pernambucano no Vasco da Gama
Considerado o “Reizinho da Colina”, Juninho Pernambucano é um dos maiores ídolos da história do Vasco da Gama. Um dos melhores que o planeta já viu na bola parada, Juninho acumula inúmeros grandes momentos com a camisa do Gigante da Colina. Relembre quais foram os dois principais:
Gol de falta no Monumental
No dia 22 de julho de 1998, no estádio Monumental de Nuñez, Juninho Pernambucano anotou um dos gols mais importantes da história do Vasco da Gama. Foi aos 37 minutos da segunda etapa que o “Reizinho da Colina” marcou o gol de empate contra o River Plate e classificou o cruzmaltino para a final da Copa Libertadores, onde o clube carioca conquistaria a glória eterna contra o Barcelona de Guayaquil.
O histórico gol, que serviu de inspiração até mesmo para um canto da torcida vascaína, saiu de uma cobrança de falta, que claro, era a principal especialidade de Juninho. Na ida, o Vasco tinha vencido por 1 a 0, e no jogo de volta, o River abriu o placar logo aos 26 minutos do primeiro tempo, com Sorín. O jogo estava tenso, e tudo indicava que a disputa seria decidida nas penalidades máximas.
Até que aos 35 minutos da segunda etapa, o meia argentino Montserrat fez uma falta em Vágner na intermediária. Os jogadores do River Plate tentaram fazer a famosa “catimba” para tentar desestabilizar o craque vascaíno, mas não conseguiram. Foi ali que Juninho se tornou Rei. O meia bateu com força na bola, que fez uma curva impressionante para entrar caprichosamente no ângulo de Burgos. Uma verdadeira pintura.
Com o Monumental silenciado, o Vasco segurou o empate e conseguiu a classificação para a final, onde derrotou o Barcelona de Guayaquil.
Quando Juninho “bateu no peito” na final da Mercosul
O dia 20 de dezembro de 2000 ficará eternamente marcado na memória do torcedor cruzmaltino. Foi naquele dia que o Vasco conquistava um dos grandes títulos de sua história da maneira mais épica possível. No antigo Palestra Itália, o Gigante da Colina proporcionou uma virada surreal contra o Palmeiras e conquistou a Copa Mercosul.
No jogo de ida, em São Januário, o Vasco venceu por 2 a 0, com gols de Romário e Juninho Pernambucano. No jogo de volta, o Palmeiras venceu por 1 a 0, com gol de Neném. A competição tinha a particularidade de realizar um jogo de desempate caso cada finalista ganhasse um jogo. Portanto, a decisão final aconteceria no Palestra Itália.
No primeiro tempo do jogo de desempate, o Palmeiras abriu 3 a 0 no primeiro tempo, com Arce, Magrão e Tuta. O alviverde foi para o vestiário tranquilo e voltou com a confiança de que o título já estava garantido. No entanto, do outro lado estava um time de muito talento.
Aos 13 minutos da segunta etapa, Romário anotou o primeiro gol do Vasco, de pênalti. Onze minutos depois, o cruzmaltino sofreu outra penalidade e novamente o “Baixinho” guardou. Quando o Vasco estava se animando em conseguir um empate, o zagueiro Júnior Baiano foi expulso. Com um a menos, a missão parecia ser impossível.
Mas o Gigante da Colina não baixou a cabeça. Aos 40 minutos, Juninho Paulista deixou tudo igual. Na comemoração, Juninho vai à beira do campo e, batendo com a mão no peito, pede o apoio da torcida vascaína, numa imagem que entrou para a história. Três minutos depois, após confusão na área alviverde, Romário aproveitou o rebote para marcar o quarto gol vascaíno.
Não havia mais tempo para nada, e os jogadores do Vasco em campo explodiram de emoção junto à torcida do Vasco presente no Palestra Itália. Um momento que ficará marcado eternamente na memória da torcida cruzmaltina.