Após a saída de Ramón Díaz do comando técnico do clube, no dia 27 de abril, o Vasco acertou a chegada do novo treinador da equipe principal. Depois de assinar o pré-contrato, Álvaro Pacheco, que estava no Vitória de Guimarães, deve desembarcar no Rio de Janeiro neste domingo. Ele pode, inclusive, comandar o clube no jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil, contra o Fortaleza, na terça-feira.
O técnico de 52 anos chega durante um momento turbulento na relação entre 777 Partners e Vasco, que contou com o rompimento do contrato entre ambas as partes na última quarta-feira. Embora a empresa norte-americana possa recorrer, quem comanda o Cruz-Maltino, por ora, é a associação.
Álvaro Pacheco sabe dessa situação?
Segundo o canal Atenção Vascaínos, a resposta é: sim. O diretor de futebol do clube, Pedro Martins, conversou com o presidente Pedrinho e soube da continuidade da SAF, mesmo com o momento conturbado vivido nos bastidores de São Januário. A informação vai de encontro com a apuração do Lance, que publicou a ideia do clube é não fazer mudanças drásticas e gerar instabilidade no clube.
Tudo isso aconteceu por conta da crise vivida pela empresa norte-americana, que responde acusações de fraude e esquema de pirâmide. Assim, questionando a saúde financeira da 777, o departamento jurídico do Vasco chegou a pedir garantias do próximo aporte previsto em contrato, o maior deles, de R$ 270 milhões, que deve acontecer em setembro.
“A minha preocupação imediata é o aporte de setembro. É muito preocupante a situação financeira, mas meu problema maior é se eles irão mostrar fôlego até setembro, e está nítido que não terão. O balanço mostrou que se esse aporte não entrar, a chance de não pagar a folha é enorme. Estamos muito preocupados com esse aporte em setembro. Nós notificamos exigindo uma garantia, mas eles negaram”, disse Felipe Carregal Sztajnbok, vice-jurídico do Vasco, em entrevista ao Uol.
