Em 1990, durante o auge do Cartel de Medellín e de Pablo Escobar, considerado por muitos como o maior narcotraficante do mundo, o Vasco da Gama viajou até a Colômbia para disputar as quartas de final da Libertadores contra o Atlético Nacional, conhecido como o “time de Escobar”.
No entanto, esse jogo ficou marcado por uma série de incidentes, incluindo ameaças, tentativas de suborno à equipe de arbitragem e até mesmo uma confrontação entre o folclórico Eurico Miranda e as aspirações de Pablo Escobar.
No dia 22 de agosto, o time carioca não conseguiu aproveitar o apoio de sua torcida que lotou o Maracanã e o jogo terminou empatado em 0x0 contra a equipe colombiana. Dessa forma, a vaga para as semifinais seria decidida na semana seguinte, em Medellín.
A grande polêmica
No jogo de volta, o Atlético Nacional venceu em casa, contando com o apoio fervoroso de sua torcida, com um placar de 2×0. No entanto, essa partida acabou sendo anulada devido à pressão exercida por Eurico Miranda. Qual foi o motivo? No dia do jogo, a equipe de arbitragem estava no hotel tomando café da manhã quando três indivíduos apareceram e exigiram arbitragem imparcial.
Eles tentaram subornar os árbitros oferecendo uma grande quantia em dinheiro. Essa tentativa de suborno chegou aos ouvidos de Eurico Miranda, que na época era vice-presidente do Vasco da Gama. Ele pressionou a Conmebol e conseguiu que o jogo fosse anulado.
No entanto, o Vasco não conseguiu aproveitar a segunda chance e acabou perdendo novamente para o time colombiano, sendo eliminado da competição. Após o jogo na Colômbia, o filho de Eurico Miranda, Eurico Brandão, lembra que seu pai foi até a sede da Conmebol no Paraguai em uma tentativa de anular a partida.
Ele recorda as palavras de seu pai: “”Meu pai vivia repetindo ‘a gente vai anular o jogo’. Pois o juiz foi ameaçado, a equipe foi ameaçada. Tinha policiais armados dentro do vestiário”.
