O filho de grande técnico do Vasco que quer ser treinador
Júnior Lopes, filho de Antônio Lopes, um dos maiores treinadores da história do Vasco da Gama, sonhava em seguir os passos de seu pai. Aos 50 anos, ele trabalhou a maior parte de sua carreira como auxiliar de Vanderlei Luxemburo, passando por equipes como Sport, Cruzeiro, Grêmio, Fluminense e o próprio Vasco.
Em 2013, Júnior finalmente pode realizar seu sonho. Ele fechou seu primeiro contrato como treinador de uma equipe profissional: o Audax Rio. Ele ainda acumulou passagens por Macaé, Portuguesa, Tombense, Cabofriense e Tupi, até voltar ao cargo de auxiliar técnico de Vanderlei Luxemburgo, em 2017.
Em 2021, ele retornou ao cargo de treinador, assumindo o Itumbiara. Em 2022, voltou ao Audax Rio. Após uma temporada no clube carioca, Lopes assinou com o Camboriú, de Santa Catarina, que irá disputar a Série D do Campeonato Brasileiro em 2023.
Em 2021, em entrevista para o UOL, Júnior falou sobre seu estilo de jogo e sua trajetória. “Eu comecei em 1996 na base do Botafogo, depois três anos na base do Vasco e desde 2001 estou com futebol profissional. Eu fui criado profissionalmente dentro dessa escola de Lopes, Vanderlei, Parreira, Felipão”, afirmou.
“Mesmo criado nessa cultura aí, procurei estudar, me qualificar. Em 2014, rolou uma mudança de chave. Tenho licença PRO da CBF, tenho convivência com boas ideias”, completou. Lopes também falou sobre seu início de carreira.
“Na virada de 2012 para 2013, estava no Grêmio, decidi virar treinador e saí do clube. Fiz boa campanha no Tombense, campeão da Série C com Macaé [nota da redação: o treinador deixou o clube antes do fim do campeonato], rodei por Bangu, Olaria, Irati-PR. Rodei por quatro ou cinco anos como treinador e já tinha me desvinculado um pouco, porque o mercado, às vezes, te vê só de uma forma”, afirmou.
“Quando veio 2017, o Vanderlei foi para o Sport e me chamou. Gosto muito dele, é sempre bom trabalhar com ele, e fui. Na virada de 2017 para 2018, o Mano Menezes me ligou e foi bem bacana por nunca ter trabalhado com ele. O Mano me ligou, falou que tinha saído o auxiliar da casa, lá no Cruzeiro, que ele tinha ouvido falar de mim e lembrou do meu nome”, completou.
“Aí, eu pensei: ‘Pô, bacana o convite de uma pessoa que não tinha intimidade’, e resolvi aceitar. Fiquei dois anos lá e quando acabou o estadual, pedi para sair por conta de problemas particulares. Eu pedi demissão e o pessoal brinca que depois que sai, a coisa desandou. Estourou tudo. Fiquei aquele resto de 2019 parado e, em 2020, teve a questão do Vasco, um clube do Rio e onde conheço todo mundo”, finalizou.