A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando a morte de um torcedor do Vasco da Gama que ocorreu no último domingo, durante uma briga antes do confronto entre o cruzmaltino e o Flamengo, no Maracanã.
Bruno Macedo dos Santos, de 34 anos, levou dois tiros quando estava próximo a São Januário. Ele foi uma das vítimas que deu entrada no Hospital Souza Aguiar. Inicialmente, a morte foi apontada em decorrência das confusões que aconteceram entre integrantes de torcidas organizadas.
Agora, a investigação trabalha com a hipótese de que a morte tenha relação com uma desavença entre traficantes. No dia após o clássico, a Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg) afirmou que não havia relação dos torcedores baleados com torcidas organizadas.
Imagens de câmeras de segurança locais mostram um grupo de torcedores do Vasco caminhando em uma rua nos arredores de São Januário. Depois, surge uma moto com dois ocupantes, que persegue Bruno e realiza disparos contra ele.
Ministério Público pode bater o martelo sobre torcida única
Na última semana, a Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que, por determinação da Justiça, todas as torcidas organizadas dos clubes cariocas estão proibidas de acessar o estádio do Maracanã. A medida já foi aplicada na partida entre Flamengo e Fluminense.
Além disso, o Ministério Público avalia pedir à Justiça a obrigatoriedade de torcida única em clássicos já a partir das semifinais do Campeonato Carioca. A proposta do MP sugere que apenas o mandante poderia ter torcida no estádio.
“Está surgindo no horizonte como uma medida excepcional necessária. Assim como outros estados que adotaram essa medida extrema e alcançaram medidas boas com diminuição da violência, talvez essa experiência possa ser aproveitada no Rio”, afirmou o promotor Rodrigo Terra.