Fundado em 21 de agosto de 1898, o Club de Regatas Vasco da Gama completa 126 anos de existência. Ao iniciar suas atividades no futebol em 1916, o integrantes do clube também começaram a escrever uma das histórias mais bonitas do esporte.
Para além dos títulos acumulados ao longo das décadas, como Libertadores, Copa do Brasil e quatro taças do Campeonato Brasileiro, o Gigante da Colina possui uma linda trajetória, que prezou pela inclusão desde o seu início. Tudo começou com o descontentamento dos praticantes de remo, até então principal atividade da associação.
Um breve pedaço da história do Vasco
Depois de um início com resultados complicados, a agremiação começou a procurar jogadores em ligas periféricas, independente de cor ou condição social, para reforçar o time. A partir daí, encontrou e entrou para a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT). Depois, o time foi subindo de divisão no estadual até conquistar o título da primeira divisão, que incomodou muitos clubes na época.
Em 1924, há quase 100 anos, os rivais se uniram para criar a Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA). Por ser o atual campeão, o Vasco foi convidado a participar da organização, mas com uma condição: excluir 12 de seus atletas, negros e pertencentes às camadas populares, do elenco. A justificativa era de que eles não tinham “condições sociais apropriadas para o convívio esportivo”.
Assim, no dia 7 de abril daquele ano, o Vasco redigiu aquele que é e sempre será o maior “título” de sua história: a Resposta Histórica. Na oportunidade, o presidente do clube na época, José Augusto Prestes, redigiu e assinou o documento que abria mão de fazer parte da AMEA e priorizava a permanência dos jogadores. Confira a carta completa:
