Vasco se sentiu prejudicado por adiamento de julgamento
Nesta quarta-feira (2), o Vasco da Gama se posicionou em anota após o julgamento do Sport, marcado para esta quinta-feira (3), ser adiado. A audiência tem como pauta o episódio envolvendo os dois clubes na 35ª rodada da Série B do Brasileirão, onde a torcida do time pernambucano invadiu o campo após a comemoração do atacante Raniel, do Vasco.
O adiamento foi um pedido do procurador do STJD, Ronaldo Piacente. Segundo o procurador, existe a necessidade de inclusão de novos fatos ao processo, entre eles a denúncia do Vasco no artigo 257 (participar de rixa, conflito ou tumulto durante uma partida), e do goleiro Halls, por uma supsota agressão. Foi justamente a inclusão destes novos pareceres que incomodou a cúpula vascaína.
O novo julgamento ainda não tem data para ser realizado e segundo o STJD, ele será marcado “para a imediata próxima sessão a ser realizada por esta 4ª Comissão Disciplinar”. O Vasco pode ser multado e Halls pode ser suspenso por até seis jogos.
Confira a nota publicada pelo Vasco:
“A diretoria do Vasco recebeu com perplexidade e desapontamento o adiamento do julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), às vésperas do mesmo. O Vasco da Gama entende que nada pode ser mais prejudicial à competição do que os incidentes violentos e a falta de segurança que interromperam o jogo Sport x Vasco na Ilha do Retiro.
A denúncia contra o Vasco no processo por “rixa, conflito ou tumulto durante a partida”, apresentada após 15 dias da realização da partida, fruto de um pedido do Sport, é totalmente infundada. As imagens são absolutamente claras. A confusão foi promovida exclusivamente pela invasão da torcida Sport no campo, facilitada pela falta de segurança da Ilha do Retiro.
Deve preocupar a todos que prezam pelo respeito às regras e defendem o combate firme à violência no futebol a possibilidade de interferências em um julgamento que deverá ser estritamente técnico.
A nova era do futebol brasileiro não permite mais esse tipo de situação. O julgamento é consequência das barbaridades ocorridas no jogo.
O atleta Raniel foi ofendido moralmente antes, durante e depois da partida por torcedores e dirigentes do Sport. Funcionários do Vasco e bombeiros, que estavam lá para cuidar da integridade física de todos, foram covardemente agredidos. Os dois atletas do Vasco, inclusive, foram punidos sumariamente e sem um julgamento, ficando fora de duas rodadas decisivas do campeonato.
O Vasco, o Campeonato Brasileiro e o futebol são vítimas da invasão do campo e paralisação da partida. A diretoria do Vasco confia na Justiça e na lisura do Tribunal para cumprir os regulamentos, após gravíssimas ocorrências durante a partida, que foram, inclusive, reprovados de forma enfática pelos corretos pronunciamentos da CBF e do próprio STJD após a partida”.