Vasco toma iniciativa para combater o racismo no Brasileirão
Na última semana, o Vasco entregou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) um plano com propostas de combate ao racismo. Dirigentes do clube compareceram no Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, organizado pela confederação. O documento entregue pelo clube reforça o apoio a ideia do presidente Ednaldo Rodrigues, que visa aplicar punições aos times que os torcedores manifestem comportamentos racistas.
“Já passou a hora de darmos um basta definitivo no racismo e no preconceito no futebol brasileiro. Para isso, medidas ousadas e inovadoras terão de ser adotadas. Apresentamos hoje um conjunto de propostas para a CBF e clubes baseadas nas nossas melhores práticas, com resultados comprovados. A luta contra contra o racismo está no DNA do nosso clube. Temos o orgulho do Vasco ser a caneta que escreve a história”, disse o presidente do Gigante da Colina, Jorge Salgado.
O cruzmaltino possui uma grande história de combate ao racismo ou qualquer tipo de discriminação. Além do Vasco, o Bahia foi o único time que manifestou apoio a ideia do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Em junho deste ano, as torcidas organizadas do Vasco assinaram um manifesto com o compromisso de adotar práticas de transparência e apoiar a luta contra a violência, assédio e discriminação nos estádios através de gritos e cantos preconceituosos.
Luta contra o racismo está nas raízes do Vasco da Gama
O Vasco é pioneiro na luta contra o racismo no futebol, e uma das principais ações do clube foi um movimento que ocorreu em 1924.
No dia 7 de abril daquele ano, o presidente do Vasco da Gama, José Augusto Prestes assinou um manifesto que ficou conhecido como a Resposta Histórica, comunicando que o clube se recusaria a disputar a divisão principal do Rio de Janeiro sem seus jogadores negros, exigência que havia sido imposta pelos dirigentes da época. A carta é tão emblemática para a história do clube que está exposta na sala de troféus em São Januário.